5 minutos para conhecermos tudo sobre a tangerina francesa: a clementina corsa

Sol de inverno

CórsegaGastronomia e Vinho

Recette - Tartelette Chocolat - Clementine de Corse
© Recette - Tartelette Chocolat - Clementine de Corse

Tempo de leitura: 0 minPublicado em 11 janeiro 2020

Podemos reconhecê-la por suas folhas verde-escuras, sua casca fina, seu tamanho pequeno e seu sabor irresistível. A clementina corsa é a única variação de tangerina produzida na França. De Novembro à Janeiro, nós degustamos esta fruta cítrica que dá aquele toque final às refeições e aos lanches gourmets repletos de vitaminas! Uma fruta corsa do inverno!

Uma distinção IGP

Desde 2007, a Clementina Corsa se beneficia de uma Indicação Geográfica Protegida (IGP), que é uma garantia de qualidade. Para ser reconhecida como um produto original "da Córsega", a clementina deve ser cultivada e condicionada na ilha, colhida manualmente, amadurecida com suas folhas, e não deve ser submetida a tratamento colorimétrico. Essas práticas favorecem a obtenção de um sabor único, estável e constante, onde reconhecemos o caráter do terroir da Córsega…

Um sabor “Made in Corse”

Clémentine de Corse
© Clémentine de Corse

Os pomares da chamada “Ilha da Beleza”, localizados na costa leste, enfrentam temperaturas mais baixas do que no resto da região do Mediterrâneo. Esse clima em particular limita a acumulação de açúcar e confere um sabor autêntico e inconfundível, e oferece uma combinação de sabores doces e ácidos, típicos da Clementina Corsa. Sua cor vermelha alaranjada também é uma característica da fruta. Qual seria mais uma característica inconfundível das clementinas? A tangerina da Córsega não tem sementes! Algo para encantar os jovens apreciadores.

Nunca sem suas folhas!

Clémentine de Corse
© Clémentine de Corse

Durante muito tempo, a Clementina Corsa foi a única capaz de exibir suas folhas nas bancas de hortaliças e hortas, pois sua característica repelia as pragas. Mesmo que hoje existam outras espécies de tangerina que possuam cascas cor de laranja e folhas verdes, logo podemos reconhecer a forma característica das folhas das clementinas corsa.

Filha da tangerina e da laranja

Dentro da família dos ‘citros’, a clementina corsa vem de um cruzamento natural entre a flor da tangerina e o pólen da laranjeira. Em 1892, na Argélia, perto de Oran, o botânico Louis Charles Trabut observou as primeiras plantas híbridas na horta de seu irmão Clément. Ele batizou o fruto em sua homenagem e dedicou um artigo sobre sua descoberta na revista horticole française em 1902. Inicia-se, então, a longa história da clementina! As primeiras árvores de Clementina Corsa foram plantadas em 1925 por Don Philippe Semidei em Figareto, na costa leste.

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Clémentine de Corse
© Clémentine de Corse

Este é o número de agricultores que cultivam apaixonadamente a Clementina Corsa, comercializada sob a IGP. Das 31.250 toneladas de clementinas produzidas na Córsega em 2018, 96% foram reconhecidas pelo IGP.

Uma fruta de inverno

Clémentine de Corse
© Clémentine de Corse

Entre as frutas cítricas, a clementina se destaca por sua maturidade precoce. A colheita começa no mês de Novembro e termina nos primeiros dias de Janeiro. É por isso que a Clementina Corsa encontra facilmente seu lugar entre as treze sobremesas provençais.

Cristalizadas e compotas

Muitas pessoas gostam de prová-la fresca e suculenta, onde seu sabor traz a imagem ensolarada de um dia de inverno. Mas a Clementina Corsa pode ser apreciada em diversas formas, como: geléia (caseira, é claro) ou cristalizada, como frutas inteiras ou em suco, em um molho agridoce. Como fruta fresca, ela também pode dar um toque especial à um delicioso ceviche de peixe…

Por Charlotte Cabon

Jornalista