Manufacture Cogolin: a arte da tapeçaria

Jean Cocteau, Jean-Michel Frank e Christian Bérard assinaram modelos de tapetes fabricados pela Manufacture Cogolin. Eles são cuidadosamente preservados nos arquivos desta casa renomada, que traz consigo a arte da tecelagem para criar coleções contemporâneas.

Colaboração com artistas e designers contemporâneos

Qual a identidade das criações desta casa tão prestigiosa? Seu estilo compreende padrões geométricos e florais de alto-relevo, cores vibrantes e acabamento de qualidade. Seus tapetes excepcionais adornam palácios, embaixadas, residências de luxo e iates em todo o mundo.

Com a colaboração de artistas e designers atuais, ou a reedição de modelos anteriores (com um catálogo de coleções regularmente expandido), a Manufacture Cogolin se tornou uma referência francesa no mundo da decoração de interiores.

Made in Côte d'Azur

Tudo começou em 1928, no vilarejo de Cogolin, no sopé do Massif des Maures e a poucos passos do Golfo de Saint-Tropez. Jean Lauer, um engenheiro têxtil visionário, comprou a fábrica de tapetes Cogolin, criada há quatro anos na época, e já era especializada em produção de seda e tapetes feitos à mão. Cogolin traz o conhecimento de tecer do século XIX, com o mecanismo Jacquard, e importou diferentes técnicas que permitiram uma infinidade de acabamentos.

Inspirado, ele convocou vários artistas, e outros nomes de destaque das Artes Decorativas, para desenhar modelos de vanguarda. Jean Cocteau é um deles, que também criou um vínculo privilegiado com a Côte d’Azur, a Riviera Francesa.

Na década de 1930, a Manufacture Cogolin se tornou uma referência por seus tapetes feitos sob medida e iluminou ainda mais o artesanato francês. Suas criações adornam o Palácio de Versalhes, o Elysée e os mais belos transatlânticos franceses.

Peças únicas

Em 2010, a Manufacture Cogolin comprometeu-se a refazer sua paleta de cores e selecionou novos materiais para dar nova vida às suas criações. Hoje, ela oferece por volta de 200 cores personalizadas, com 32 tons luminosos.

Quais são os materiais utilizados? Lã, algodão, juta, linho, seda ou ráfia... A confecção utiliza matéria-prima nobre, trabalhada cuidadosamente pelos artesãos da Manufacture Cogolin. Eles produzem peças únicas, baseadas em quatro famílias de artesanato tradicional. Entre eles, a especialidade francesa “Jacquard”, de 1880 (os mesmos introduzidos por Jean Lauer), que combinam as técnicas de agulhas, cilindros e placas perfuradas. Esta prática permite a confecção de desenhos e padrões notavelmente elaborados e texturizados, onde podemos facilmente identificar a os traços inconfundíveis da marca da Manufacture Cogolin.

O retorno do bordado à mão

Em 2013, com a linha Cogolin e Maisons du Monde, a Manufacture também atualizou sua técnica de bordado à mão. Uma iniciativa que lhe permite comercializar os tesouros enterrados de "Carnets d'archives", uma coleção inspirada em criações exclusivas de grandes decoradores do século XX.

Entre eles, os tapetes Les Modernistes ou Les Jardins à la Française, que potencializam a arte gráfica. A técnica do bordado à mão também está no centro de uma coleção recente, Norte-Sul, concebida como uma jornada iniciática pelas memórias do artista Stéphane Parmentier, entre sua terra natal e sua terra de coração, Paris. Seus desenhos são inspirados no trabalho dos artesãos de Vallauris e na paisagem provençal tradicional.

Antibes, Porquerolles, Lavandou ... Os nomes dos tapetes estão florescendo na Riviera Francesa. A última coleção inédita revela estampas originais retiradas dos arquivos do decorador francês André Arbus, uma figura emblemática da história das Artes Decorativas.

Com seus desenhos geométricos e estampas de cordas (desenhadas especialmente para os transatlânticos) esta coleção está exposta desde Novembro nos dois showrooms da Manufacture, em Cogolin e em Paris!