O coração mais famoso do mundo está na Nova Caledónia

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El corazón de Voh visto desde un ultraligero.
© cachou44 / GettyImages - El corazón de Voh visto desde un ultraligero.

Tempo de leitura: 0 minPublicado em 11 dezembro 2017

O coração de Voh é uma clareira natural formada num mangal. E o símbolo de um ecossistema que deve ser protegido.

O coração mais famoso do mundo não é graças a São Valentim, mas à fotografia: é o coração de Voh ("Vook" na língua canaca) na costa oeste de Grande Terre, a 300 quilómetros de Nouméa, na Nova Caledónia. Uma simples clareira de 4 hectares, formada pelo mangal, junto a uma lagoa, cuja forma antropomórfica não cessa de fazer correr muita tinta.

Uma paisagem única

Em 1999, o fotógrafo Yann Arthus-Bertrand usou esta imagem na capa do seu livro "A Terra vista do céu", um inventário, com o patrocínio da Unesco, das mais belas paisagens do mundo. Desde então, foram vendidos mais de 4 milhões de exemplares e o famoso coração surge em t-shirts, selos, agendas ou toalhas de algodão bordadas. Tal como o fotógrafo, também podemos descobrir este famoso coração visto do céu, em ULM, muito mais verde do em 1999, pois o mangal ganhou terreno e a cor amarela do centro, que contrastava com o rebordo verde, desapareceu. Mas o desenho subsiste e entre montanhas, a lagoa azul-turquesa e amplas extensões verdes de paletúvios, a paisagem marcada por este coração é simplesmente magnífica!

El corazón de Voh no es más que un claro de 4 hectáreas formado por el manglar.
© Abinormal / GettyImages - El corazón de Voh no es más que un claro de 4 hectáreas formado por el manglar.

Outra alternativa consiste em dar um passeio de jipe ou a pé pelo maciço Katepai, 3 horas oxigenantes. Os mais corajosos podem subir até ao topo a cerca de 700 metros, enquanto os outros podem parar num primeiro ponto de observação a 400 metros. A paisagem é magnífica, revelando os jogos subtis de tons verdes e azuis desta costa selvagem.

Uma terra fértil

No centro de Voh, os visitantes também podem descobrir a história deste pedaço de terra colonizado no fim do século XIX e local privilegiado da cultura do café no início do século XX. Os habitantes colhiam apenas 300 toneladas por ano! O ecomuseu apresenta exposições temporárias sobre o café, para descobrir enquanto toma um café arábica. Hoje em dia, com o níquel, os meios de subsistência dos descendentes dos pioneiros são a pecuária e a aquacultura. São apanhadas cem toneladas de caranguejos por ano pelas mulheres no mangal. Daí a importância deste ecossistema.

Por Anne-Claire Delorme

Jornalista de viagens anneclairedelorme@yahoo.fr